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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O povo brasileiro é violento e ponto final.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

A tática da direita para tomar o poder

http://www.viomundo.com.br/denuncias/para-quem-tinha-duvidas-de-onde-a-direita-quer-chegar.html

Para quem tinha dúvidas sobre onde a direita quer chegar



da Redação
“Não custa lembrar que, no auge do mensalão, quando sentiu que seu mandato poderia estar em risco, o ex-presidente Lula ameaçou recorrer à força das ruas para se segurar no poder — e o MST era uma de suas escoras”, escreve a Veja na edição desta semana.
Fato. E é por isso que a direita avança no sentido de criminalizar os movimentos sociais, usando todo tipo de artimanha.
Depois do Psol, será a vez do calejado MST. As ruas, afinal, devem ficar livres apenas para a direita. Como ela reivindica para si, por exemplo, na Venezuela. Como aconteceu nos Estados Unidos, com a criminalização e a perseguição a integrantes do Occupy.
Abaixo, o discurso de João Pedro Stédile no VI Congresso do MST, em Brasília.
Nosso agradecimento à Conceição Oliveira, a Maria Frô.

Leia também:
Como a manipulação do mercado de metais enriquece os megabancos

A aliança dos neonazistas na Ucrânia

Por Marco Aurélio Weissheimer, no sítio Carta Maior:   



Os protestos de rua que vem sacudindo a Ucrânia nas últimas semanas são resultado, em grande medida, de uma articulação bizarra entre ongs e fundações norte-americanas e europeias e o partido neonazista Svoboda, liderado por Oleg Tiagnibog. Os Estados Unidos e a União Europeia estão dispostos a se aliar não importa com quem desde que isso enfraqueça a Rússia e permita a instalação de tropas da OTAN na Ucrânia. Esse é o pano de fundo desses protestos.


A avaliação é do cientista político e historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira, autor, entre outras obras, de A Segunda Guerra Fria – Geopolítica e Dimensão Estratégica dos Estados Unidos (Editora Civilização Brasileira), onde examina o papel dos Estados Unidos na eclosão e o desenvolvimento de recentes rebeliões na Eurásia, na África do Norte e no Oriente Médio.

Para Moniz Bandeira, os recentes acontecimentos que convulsionaram vários países no Oriente Médio, na Eurásia e norte da África devem ser entendidos no contexto da estratégia de “full spectrum dominance” (dominação de espectro total) que os EUA continuam implementando contra a presença da Rússia e da China naquelas regiões. Em entrevista à Carta Maior, Moniz Bandeira analisa a situação da Ucrânia e identifica os grupos que, segundo ele, estão apoiando e promovendo as manifestações:

O jogo perigoso da desinformação

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:


Os três principais jornais de circulação nacional, que ainda definem a agenda institucional no país, fecham a semana com uma proeza digna de figurar na longa lista de trapalhadas da imprensa, cujo troféu mais lustroso é o caso da Escola Base. Por uma dessas ironias da história, no dia 22 do mês que vem completam-se vinte anos do noticiário que inventou um caso de pedofilia numa escola infantil de São Paulo, e o roteiro se repete perversamente.

A morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido na cabeça por um rojão de alta potência durante manifestação no Rio de Janeiro, tem todos os ingredientes para se tornar uma versão revista e ampliada desse que foi o marco do jornalismo espetaculoso e irresponsável no Brasil.

Os ingredientes para uma grande farsa estão reunidos: os dois jovens que foram identificados como autores do homicídio são compulsoriamente representados por um advogado que ganhou dinheiro com a defesa de milicianos e – colocados no grande liquidificador da mídia –, produzem uma sucessão de declarações que, a rigor, não poderiam ser incluídas num inquérito. E tudo que dizem – ou alguém diz que disseram – vira manchete.

O Brasileiro da Organização Criminosa Mexicana, Cartel de Sinaloa



Agora entendi pq estão soltos

A violência usurpou a democracia

Imperdível texto de WGS sobre a produção da violência a partir da linguagem jornalística:

Sim, há algo de podre na política brasileira, mas enganam-se os que presumem que a podridão esteja só no Legislativo ou que de lá provenha.


ArquivoWanderley Guilherme dos Santos
Há algo de podre na política brasileira. O discurso do ódio contaminou a cultura. A violência física que assusta não é mais condenável do que a degradação pela palavra. Introduzido durante os debates da Ação Penal 470, a televisão propagou Brasil a fora o escárnio como argumento, a salivação como prova irrefutável e a falta de compostura de alguns magistrados como aparte retórico. Surpreendente a cada dia, durante todo o segundo semestre de 2013, os indiscutíveis mestres do STF, solidamente preparados, transformavam-se em arengueiros pernósticos a vociferar vitupérios em latim, em alemão e em inglês. À língua portuguesa reservaram-se rebuscadas construções gramaticais com que degradavam de modo vil os réus em julgamento. O valor intrínseco das evidências, muita vezes nulo, era irrelevante para o altissonante juízo que os homens de capas fúnebres proferiam.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Olha a mentira do bode!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Globo condenada a pagar R$ 1,35 milhão por vítimas do caso Escola Base

Só o Batman e o Coringa, a famosa dupla do STF, para salvar a Globo dessa encrenca



Caso Escola Base: Rede Globo é condenada a pagar R$ 1,35 milhão

A Rede Globo foi condenada a pagar R$ 1,35 milhão para reparar os danos morais sofridos pelos donos e pelo motorista da Escola Base de São Paulo. Icushiro Shimada, Maria Aparecida Shimada e Maurício Monteiro de Alvarenga devem receber, cada um, o equivalente a 1,5 mil salários mínimos (R$ 450 mil). Entenda o caso abaixo

Dezoito anos atrás, os donos da Escola de Educação Infantil Base, na zona sul de São Paulo, foram chamados de pedófilos. Sem toga, sem corte e sem qualquer chance de defesa, a opinião pública e a maioria dos veículos de imprensa acusaram, julgaram e condenaram Icushiro Shimada, Maria Aparecida Shimada, Mauricio Alvarenga e Paula Milhim Alvarenga.
Chegou-se a noticiar que, antes de praticar as ações perversas, os quatro sócios cuidavam ainda de drogar as crianças e fotografá-las nuas. “Kombi era motel na escolinha do sexo”, estampou o extinto jornal Notícias Populares, editado pelo Grupo Folha. “Perua escolar carregava crianças para a orgia”, manchetou a também extinta Folha da Tarde.

Gilmar e Barbosa, os dois intocáveis da República

Autor: Luis Nassif

Os dois intocáveis da República

É provável que Joaquim Barbosa deixe o STF (Supremo Tribunal Federal) em março. Há boatos sobre sua pretensão de disputar ou o governo do Distrito Federal ou uma senatoria pelo Rio de Janeiro.
Saindo, seus malfeitos serão corrigidos. O plenário se reunirá, analisará os abusos cometidos enquanto presidente da Suprema Corte, corrigirá o que for possível e tentará voltar à normalidade.
***
Suas últimas medidas – derrubando decisões do interino Ricardo Lewandowski - impedem que qualquer prefeitura do país reajuste o IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano).

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Milton Temer, do PSOL, ataca advogado dos acusados

Para ler o texto na íntegra - CLIQUE AQUI

A confusão ou: O mistério dos sósias enquanto símbolo da confusão ou: Olha a confusão por falta de[ou por causa de] um símbolo!

O rapaz que assumiu o disparo do rojão que matou o cinegrafista: Terá sido ele mesmo? A foto não confere!

Este é o último e o maior de todos os mistérios: Vou deixar aqui uns links para olhar depois: A traduzir


Suspeito de lançar rojão é preso na Bahia

Nassif: As consequências da morte do cinegrafista

A traduzir: Vou ver se tiro a dúvida;;..agora mesmo

Este é o rapaz que assumiu o crime: Ele eh preto e não se parece nem um pouco com o que soltou o rojão...sei lá,,,é tudo tão estranho e o posso estar errado, não estou apontando ninguém, só estou abordando o último mistério: A cópia das coisas,.,,,o sósia que confunde..,..
http://portal100fronteiras.com.br/noticias.php?id=18259

Não me convenci de que o rapaz que se apresentou como sendo autor do disparo do rojão contra o cinegrafista é o mesmo que aparece na foto, o da foto parece ser branco, cabelos lisos,,vi a imagem da ele numa reportagem de O Globo, de costas sim, mas da pra ver que não e a mesma pessoa que assumiu o crime
Curtir ·  · há ± 1 hora próximo a Goiânia

Do facebook de Caio homônimo do Caio preso....Homônimo mas não sósia,,,pois o Caio de Vila Velha é branco e é sósia é do namorado da Sininho, dai toda aquela confusão envolvendo o Caio que mora em Vila Velha, este sósia do namorado dela(Sininho). Este é o facebook do Caio, homônimo do que está preso, e repito, este Caio homônimo do que está preso é sósia do namorado da Sininho...

Já não estou entendendo mais nada, pirou meu cabeção,,..
https://www.facebook.com/desouzacaio

Esqueça, nada a ver mesmo, este Caio de Vilha Velha não tem nada a ver com essa confusão, ele(Caio de Vila Velha) apenas é sósia(maz não homônimo do namorado de Sininho e sim homônimo do rapaz que se apresentou como autor do disparo do rojão), ele(o Caio de Vila Velha) é sósia de um(do namorado de Sininho) e  homônimo de outro(do Caio que se apresentou como autor do disparo do rojão), que confusão dos diabos,

NÃO TOCO MAIS NESTE ASSUNTO, pirei com essa gama de coincidências, deve ser milagre da fotografia que cria essas realidades paralelas, parece ficção, senão vejamos:

Game Over, cujo nome não se sabe, é sósia de um professor Caio, de Vila Velha, homônimo do Caio que se apresentou como autor do disparo do rojão....e o Caio que alega não ser o namorado de Sininho e nunca ter participado de protestos no RJ é sósia do namorado de Sininho...parece ficção..mas sei o que é isso,,...Continuar lendo

Homônimo de jovem acusado de atirar rojão é difamado no Facebook

Professor foi alvo de montagem na rede social

ATHOS MOURA E THIAGO ANTUNES
Rio - Uma polêmica envolvendo a investigação do caso Santiago Andrade, atingido por um rojão durante manifestação no Centro do Rio, na última quinta-feira, tomou conta do Facebook nesta terça-feira. O cinegrafista da TV Bandeirantes teve morte cerebral declarada nesta segunda-feira. No mesmo dia, a Polícia Civil divulgou a foto e o nome do acusado de disparar o explosivo.
No entanto, usuários da rede social não acreditam que a foto divulgada seja a do verdadeiro autor do crime. Um dos argumentos é de que nas imagens registradas por inúmeras câmeras, o homem que acendeu o rojão é branco, porém, a foto do foragido é de um negro, identificado como Caio Silva de Souza, de 23 anos.











Diversos perfis reproduziram montagem que acusou rapaz, que mora em Vila Velha, de ter acendido rojão que atingiu cinegrafista durante manifestação
Foto:  Reprodução Internet

Uma montagem que está sendo compartilhada na rede social mostra a ativista Elisa Quadros, a Sininho, abraçada com seu namorado, conhecido como Game Over, quando foi presa em uma manifestação ocorrida em outubro do ano passado. O homem é branco e usa barba, feições parecidas com a Caio Silva de Souza, 26 anos, professor de História, morador de Vila Velha, no Espírito Santo, e homônimo do jovem procurado pela polícia. Sua foto de perfil aparece na imagem e o coloca como possível culpado pelo crime. A montagem foi compartilhada por diversos perfis, somando milhares de interações.
O rapaz dá aula em escolas da Prefeitura de Vila Velha, cidade onde nasceu e mora. Ele contou ainda que se formou na Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2012, e há seis meses não visita o a cidade onde concluiu os estudos. Apesar de ser politicamente engajado e já ter participado de manifestações em Vitória, na capital do Espírito Santo, Caio revelou que nunca participou de protestos no Rio. 
O rapaz ficou sabendo que um homônimo estava sendo procurado pelo crime na noite de segunda-feira, e postou em sua página pessoal que não era o acusado. Apesar da divulgação de sua foto, Caio afirmou que não recebeu nenhuma ameaça direta e não está com medo. "Eu estou no Espírito Santo, por isso estou tranquilo. Mas se estivesse no Rio não estaria, ainda mais com essa moda de justiceiros e a repercussão que a morte do cinegrafista tomou. Muita gente me mandou mensagens de apoio", contou.

Caio revelou ainda que pretende tomar medidas contra a campanha difamatória. "Vi que a imagem foi compartilhada mais de 300 vezes por um perfil, 50 vezes em outro, 20 em outra. Nas páginas originais, algumas pessoas fizeram ameaças, como de me agredir caso me encontrassem. Algumas pessoas que compartilharam perceberam o erro e me pediram desculpas, apagando o que haviam feito. Não tenho como medir o alcance disso, mas fiz diversos prints e vou agir o mais rápido possível", disse. 

http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-02-11/homonimo-de-jovem-acusado-de-atirar-rojao-e-difamado-no-facebook.html


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P.S. - Não confio nessa arte que não atenta para os sinais que se nos apresentam, não é mesmo Dr. Tadeu*
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Guardado no Bode

*Advogado dos acusados

Guardado no dia 45
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Esta fecha cerco a radicais


Estado fecha cerco a radicais após a morte de cinegrafista

Tragédia é o estopim para discussões sobre como conter violência em manifestações de rua

FRANCISCO EDSON ALVES , GABRIEL SABÓIA , JOÃO ANTONIO BARROS , MARIA INEZ MAGALHÃES E MARIA LUISA BARROS
Rio - A morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, de 49 anos, após inúmeros episódios violentos em manifestações no Rio, causou comoção em todo o Brasil e reação de autoridades policiais e políticas contra grupos radicais. O aperto do cerco a vândalos e criminosos nos protestos foi o assunto do dia. O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que vai encaminhar à Comissão de Segurança do Senado um projeto de lei para tentar organizar as manifestações de rua no país.

Disque-Denúncia divulgou cartaz sobre o suspeito foragido. Para a polícia, é ele quem aparece em imagens usando calça jeans e camisa cinza suada
Foto:  Divulgação

“A sociedade tem que escolher qual é o nível de tolerância que ela quer aceitar. Porque nós (a polícia), que estamos na ponta, sofremos muito com isso. A legislação quer uma tipificação, e tipificação de uma pessoa com rosto coberto como é que se faz?”, afirmou Beltrame, em entrevista à ‘Rádio CBN’, dizendo que o desafio é buscar mecanismos que evitem as máscaras nas passeatas. 
“Uma pessoa que vai mascarada não vai para protestar”, justificou Beltrame, dizendo que tem gente deixando de ir às manifestações porque sabe que haverá ‘atos de banditismo’. O assunto também preocupa a cúpula da Polícia Civil. Tanto que as manifestações também foram o assunto principal ontem da reunião do novo chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso — empossado semana passada — com delegados da capital. Ele determinou que os titulares de unidades localizadas em áreas de protestos e seu efetivo deverão estar de prontidão em dia de atos nas ruas.
Já o deputado estadual Carlos Minc (PT) protocolou na Alerj ontem um projeto de lei que proíbe a venda no estado de explosivos, principalmente aqueles com ‘potencial de produzir danos substanciais à saúde e à vida’. O texto prevê multa acrescida de R$ 20 mil ao estabelecimento que descumprir a determinação, caso a lei seja sancionada.“Vou pedir urgência na tramitação do projeto. A expectativa é que seja votado antes do Carnaval. Hoje em dia, qualquer pessoa entra numa loja do ramo e sai com dez rojões”, ressaltou Minc.
Com medo de o governo passar uma imagem de insegurança no país, no ano da Copa do Mundo, senadores afirmaram ontem que não há crime de terrorismo no Brasil, contradizendo defesas anteriores que classificavam as ações de black blocs como atos terroristas. Os líderes partidários se reuniram na tarde de ontem com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e decidiram votar, em duas semanas, o projeto de lei 499/2013, que define o crime de terrorismo.

Santiago e a filha Vanessa no dia do casamento: ‘Sei que ele está bem. Eu sou a continuação da vida dele’
Foto:  Álbum de família

Órgãos transplantados 
O fígado e os rins de Santiago Andrade já foram transplantados. As córneas ainda serão doadas. O velório será realizado amanhã, no Memorial do Carmo, no Caju. Depois, o corpo será cremado.
Filha da vítima, Vanessa Andrade comentou sobre a perda ao programa ‘Encontro com Fátima Bernardes’, da Rede Globo: “A gente nem sabe ao certo onde começa a doer, pois dói em todos os lugares. Não caiu a ficha.” 
O prefeito Eduardo Paes também falou sobre o caso. “Santiago foi morto por ‘filhinhos de papai mimados’. Devem ficar presos”.
Especialista alerta sobre 'mini-homens bomba'
Domingo, O DIA mostrou a fragilidade das leis federal e estadual que tratam da comercialização de fogos de artifício e a facilidade que qualquer um encontra para comprar artefatos. Embora o Exército seja o responsável pela fiscalização da venda dos produtos, quase nenhuma loja do ramo exige comprovante de licença da instituição para a compra de fogos das classes C e D — esta última, a do rojão que matou Santiago. 
Especialista em desmonte de explosivos, o capitão de fragata da Reserva da Marinha Teotônio Toscano diz que, em dias de manifestações, ‘as pessoas não têm noção’ de quantos ‘mini-homens-bomba’ andam em trens, metrô e ônibus, com artefatos perigosos que são manipulados. 
“Um rojão como o que matou o cinegrafista, sem a ponta e a cauda que lhe dão direção, manipulado com pregos, torna-se uma granada de mão, que pode fazer estragos consideráveis num raio de sete metros quadrados. Imagina alguém com cinco desse tipo numa mochila? Um incidente poderia ter consequências inimagináveis num veículo lotado”, alerta. E aconselha: “Viu alguém suspeito com roupas pesadas, apesar do calor, em grupos, ou mascarados, saia de perto e acione a polícia.” 
O advogado Nelmon Silva Jr., conselheiro da Associação Industrial e Comercial de Fogos do Paraná (PR), diz que a saída não é proibir a venda de fogos. “A legislação deve obrigar os vendedores a terem um cadastro junto ao Exército, que ajude a identificar quem usa de maneira incorreta fogos de artifício”, opinou. A reunião em que o novo chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, tratou das manifestações aconteceu no mesmo dia em que ele fez mais de 50 mudanças nas titularidades das delegacias do estado.
Procurado trabalha como auxiliar de serviços gerais no Rocha Faria 
Durante todo o dia de ontem, a polícia procurou em várias regiões do estado Caio Silva de Souza, 23 anos. Um mandado de prisão temporária foi expedido na noite de segunda-feira, com o objetivo de ‘garantir a ordem pública e da futura aplicação da Lei Penal.’ Caio não foi encontrado em Nilópolis, onde mora, nem no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, onde trabalha como auxiliar de serviços gerais para uma empresa terceirizada. 

Fábio Raposo, que passou rojão a suspeito de ferir cinegrafista, chega à 17ª DP, de São Cristóvão. Ele foi indiciado por tentativa de homicídio
Foto:  Carlos Moraes / Agência O Dia

Segundo a polícia, ele e Fábio Raposo — que nas imagens de TV aparece passando o rojão para Caio e já está preso — responderão por homicídio doloso (quando há intenção de matar) qualificado, crime de explosão e uso de artefato explosivo. As penas podem chegar a 35 anos de prisão. 
Caio já tinha quatro passagens pela polícia. Em 2010, foi levado duas vezes a delegacias por suspeita de porte de drogas na 53ª DP (Mesquita) e 56ª DP (Comendador Soares), mas ele não foi indiciado. As outras duas ocorreram em manifestações por agressões, uma delas como vítima.
À tarde, a ativista Elisa Quadros Sanzi, a Sininho, prestou depoimento na 17ª DP (São Cristóvão). Negou conhecer Caio e disse que nunca o viu em protestos.

    terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

    A nota de repúdio do Sindicato dos Jornalistas do RJ contra Rachel Sheherazade

    Sugerido por Fiódor Andrade
    Do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro
    O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Comissão de Ética desta entidade se manifestam radicalmente contra a grave violação de direitos humanos e ao Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros representada pelas declarações da âncora Rachel Sheherazade durante o Jornal do SBT.
    O desrespeito aos direitos humanos tem sido prática recorrente da jornalista, mas destacamos a violência simbólica dos recentes comentários por ela proferidos no programa de 04/02/2014 (http://www.youtube.com/watch?v=nXraKo7hG9Y). Sheherazade violou os direitos humanos, o Estatuto da Criança e do Adolescente e fez apologia à violência quando afirmou achar que “num país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível” — Ela se referia ao grupo de rapazes que, em 31/01/2014, prendeu um adolescente acusado de furto e, após acorrentá-lo a um poste, espancou-o, filmou-o e divulgou as imagens na internet.
    O Sindicato e a Comissão de Ética do Rio de Janeiro solicitam à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) que investigue e identifique as responsabilidades neste e em outros casos de violação dos direitos humanos e do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que ocorrem de forma rotineira em programas de radiodifusão no nosso país. É preciso lembrar que os canais de rádio e TV não são propriedade privada, mas concessões públicas que não podem funcionar à revelia das leis e da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
    Eis os pontos do Código de Ética referentes aos Direitos Humanos:
    Art. 6º É dever do jornalista:
    I – opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios
    expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos;
    XI – defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garantias
    individuais e coletivas, em especial as das crianças, adolescentes, mulheres, idosos,
    negros e minorias;
    XIV – combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais,
    econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física
    ou mental, ou de qualquer outra natureza.
    Art. 7º O jornalista não pode:
    V – usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime;
    Também atuando no sentido pedagógico que acreditamos que deva ser uma das principais intervenções do sindicato e da Comissão de Ética, realizaremos um debate sobre o tema em nosso auditório com o objetivo de refletir sobre o papel do jornalista como defensor dos direitos humanos e da democratização da comunicação.

    segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

    Debate sobre censura no Youtube

    Campus Party: censura no Youtube gera debate em palestra sobre vídeos

    Renato Bazan
    por 
    Da Campus Party Brasil 2014
    A gigante Google resolveu participar da Campus Party com um seminário sobre os fatores de apelo nos vídeos do YouTube. Na palestra, o gerente de parcerias do YouTube Brasil, Federico Goldenberg, falou não apenas em como aumentar a audiência dos vídeos, mas seus faturamentos também. A conversa, no entanto, acabou sendo desviada para um assunto bem polêmico: o sistema ContentID.
    Frederico Goldenberg deu dicas de como aumentar a visibilidade dos vídeos do YouTube (Foto: TechTudo/Renato Bazan)Federico Goldenberg deu dicas de como aumentar a visibilidade dos vídeos do YouTube (Foto: TechTudo/Renato Bazan)
    Goldenberg contou sobre a própria experiência, anterior à existência do YouTube, como cartunista. “A única opção era vender o que você produzia para a TV, e era uma negociação muito desigual. Mesmo depois que a ANCINE passou as leis que obrigam os canais de televisão a terem cotas nacionais, a negociação continuou muito árdua”, disse. No pensamento dele, o YouTube promoveu uma grande democratização na distribuição de conteúdo independente do formato de vídeo.
    O palestrante passou então falar do assunto principal de sua apresentação, e usou dois exemplos nacionais: o canal infantil Galinha Pintadinha e o de comédia Porta dos Fundos. Mais do que a própria qualidade do conteúdo que produzem (que também é importante), os dois canais fariam sucesso por causa do modelo de produção que adotam, que seguraria os visitantes depois do primeiro vídeo. 
    Isso acontece porque há um planejamento: ter uma rotina de lançamento de vídeos, nos mesmos dias e horários, adotando um formato com elementos constantes; estabelecer um fluxo de produção escalável, aliando uma linha de montagem profissional com métodos paralelos que acelerem este processo; deixar, ao final de cada vídeo, links para outros vídeos do mesmo canal e incentivos para inscrição nesse canal. E o mais importante de tudo: é importante que o responsável por publicar os vídeos produza metadados da forma mais clara possível. Somente desta forma novos usuários entrarão em contato com novas produções.
    Na parte de monetização, Goldenberg começou falando sobre o comportamento do site em torno da publicidade dentro do vídeo. O algoritmo de exibição registra a publicidade apenas se o usuário assistir até o final, e começa a diminuir a frequência dessas exibições se muitos usuários "cortam" a exibição. A dica, nesses casos, é ficar de olho no comportamento de quem visita os vídeos, alterando o tipo de publicidade nesse caso. 
    Se possível, a entrada deve ser conectada com o conteúdo, ponto que fortalece a publicidade gerada por cada canal. E isso acaba aumentando a receita dos YouTubers dentro dela. Algumas oferecem até mesmo assistência jurídica, essencial depois dos escândalos de direitos autorais que vêm varrendo o YouTube desde 2013.
    Ao abrir as perguntas, porém, o público questionou o palestrante exclusivamente sobre o sistema de censura ContentID. Por quase meia hora, perguntas sobre procedimentos para evitar a remoção de vídeos (e até canais inteiros) surgiram. E a resposta de Goldenberg foi essencialmente a mesma: entrar em contato com as empresas donas do conteúdo exibido durante o vídeo criado, mesmo que seja usado apenas por um segundo. O sistema é automático e bastante punitivo. Então o jeito é evitar usar conteúdo alheio, já que o YouTube faz apenas a ponte com a empresa.
    Isso não apaziguou os presentes e novos casos de bloqueio questionável foram sendo colocados até que o palestrante admitiu: “Gente, qualquer processo que envolva humanos é passível de erros”. Ele citou o canal Nostalgia, que enfrentou um problema grave por causa de seus vídeos com conteúdo das décadas de 80 e 90, para contra-argumentar: “As empresas donas desse conteúdo podem retirar a queixa, então é preciso falar com elas”.
    Para Goldenberg, o novo sistema de censura ContentID é positivo, já que consegue acalmar os setores jurídicos da indústria de entretenimento sem punir exageradamente os usuários. Ele lembrou que o bloqueio de conteúdo é opção do dono daquele conteúdo. Há empresas que optam por inserirem publicidade de forma silenciosa e outras que simplesmente usam a informação para fins de monitoramento. “O ContentID faz com que as pessoas que sobem conteúdo de cinema, por exemplo, deixem de ser consideradas ‘piratas’ para virarem promotores. Assim eles podem continuar fazendo o que gostam”, explicou.
    Qual é a melhor atração da Campus Party 2014? Comente no Fórum do TechTudo.

    Protesto violento tem que virar crime inafiançável

    Autor: Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania


    O direito de reunião e manifestação nada mais é do que o sagrado direito à liberdade de expressão pelo qual este país tanto lutou ao longo de sua história. Assim, tem que ser protegido a qualquer preço, pois é o principal valor de uma democracia. Um país em que exista o menor óbice a tal direito por certo não é um país democrático.
    Esse direito fundamental, porém, não pode ser confundido com o que grupos violentos estão fazendo no Brasil sob vários pretextos, tais como protestar contra o péssimo sistema de transporte público que ainda vige no país ou contra a realização da Copa do Mundo de 2014.
    É ocioso explicar a que se refere a frase “O que grupos violentos estão fazendo no Brasil”. O país ainda está chocado com o último ataque desse grupo (político) que insiste em fazer valer sua vontade pela força e que já tem nas costas o ataque criminoso a um cinegrafista da TV Bandeirantes que deixou entre a vida e a morte.
    Não adianta virem com essa farsa de que “um pequeno grupo” promoveu vandalismo e outros atos violentos. Todos os que se juntam nesse tipo de protesto sabem muito bem no que vai dar. Estão indo à rua, inclusive, contando com o desenlace violento do protesto que irão fazer, pois ao decretarem que “não vai ter Copa” estão dizendo, basicamente, o seguinte: “vamos impedir a realização da Copa através da intimidação pela força”.
    Ora, ao provocarem incêndios na via pública, ao dispararem morteiros, ao jogarem coquetéis molotov, paus e pedras e ao dispararem bolinhas de gude com estilingues (que transformam as inocentes esferas de vidro em projéteis que podem até ser fatais, dependendo de onde atingirem uma pessoa), esses manifestantes buscam instilar medo na sociedade.
    Trata-se, enfim, de uma chantagem, de coação, de intimidação. Em suma: trata-se de crime.
    É muito estranho e suspeito que a grande imprensa ainda não tenha feito, com os recursos inesgotáveis que tem, um balanço profundo de tudo o que os protestos violentos já causaram em termos de perdas de vidas humanas e de danos ao patrimônio público e privado. Esse inventário do caos chocaria o país…
    Seja como for, a sociedade está farta desse tipo de ação criminosa. Pesquisa CNT/MDA divulgada em novembro do ano passado revelou que 93,4% das pessoas repudiam os black blocs, que, na verdade, são todos os que participam de manifestações nas quais esse tipo de tática de protesto aparece, pois todos os participantes sabem que aparecerá.
    Aqueles que vão a protestos que sabem que degringolarão para a violência e que marcham ao lado de manifestantes que cobrem os rostos justamente com o propósito de se protegerem das consequências dos atos violentos que irão praticar estão assumindo o risco de ferir ou até de matar alguém.
    Várias mortes já ocorreram nos protestos que eclodiram a partir do ano passado, além de mutilações etc. Alguns desses atos contra a vida humana partiram da repressão da polícia, mas outros partiram da irresponsabilidade dos manifestantes violentos e mascarados.
    O despreparo da polícia é conhecido, mas só um demente pode pregar que se deva permitir atos como os que têm sido amplamente divulgados. Todos viram o ataque insano à sede da prefeitura de São Paulo no ano passado, quando esses manifestantes poderiam ter promovido uma tragédia, pois estavam enlouquecidos.
    Há que repetir: é balela que não são todos os que participam desses protestos que devam responder por atos de violência que parte desses grupos pratica. Só um tolo pode acreditar que os que vão a esses protestos não sabem que haverá violência. Sabem e até contam com ela, por isso bradam que “não vai ter Copa”, pois acham que a impedirão na marra.
    O mesmo vale para os que buscam inviabilizar administrações públicas ao tentarem obrigá-las a adotar transporte público gratuito para todos sem se importarem com os orçamentos das prefeituras, sempre partindo do princípio de que TODOS os prefeitos não adotam simplesmente porque não querem.
    Todavia, não querer que a Copa de 2014 seja realizada no país ou querer que, do dia para noite, os reajustes contratuais no transporte público sejam simplesmente abolidos é um direito e se manifestar por tais causas também é um direito, mas desde que os que pensam dessa forma não queiram fazer valer seus pontos de vista através do uso da força.
    Eis, aí, o busílis da questão: se os que apelam à violência souberem que os atos que estão praticando terão consequências condizentes com o nível de abuso praticado, pensarão duas vezes antes de fazerem o que estão fazendo.
    Assim, como não há diálogo possível com esses grupos, pois qualquer tentativa nesse sentido resulta em revides retóricos ou físicos violentos e irracionais, a lei deve ser endurecida.
    O que se prega aqui, então, é que quem for flagrado em protestos praticando atos de violência seja mantido preso até o julgamento do processo a que responderá por ter assumido o risco de causar graves danos à integridade física dos outros cidadãos ou por ter efetivamente causado.
    Não existe a menor brecha nessa premissa para lhe fazer acusações de ser ditatorial ou atentatória a direitos fundamentais como a liberdade de expressão. É mais do que razoável dizer que todos podem se manifestar o quanto quiserem, até interrompendo o trânsito e o direito de ir e vir alheio, mas contanto que não promovam incêndios, destruição de patrimônio da coletividade ou particular.
    Não é pedir muito. Você não pode fazer seu protesto se contentando em interromper o direito de ir e vir das pessoas e dizendo tudo o que quiser e mais um pouco? Não basta? Você precisa destruir, incendiar, intimidar e até ferir alguém gravemente só porque passou perto do seu protesto? Se não se contenta com o direito de protestar pacificamente e quiser ir além dele, você é um criminoso.
    A polícia brasileira também é violenta, claro. Não há dúvida alguma, ninguém está dizendo outra coisa. Mas usar esse argumento é chover no molhado – a violência da polícia não autoriza ninguém a ser igualmente violento.
    O policial que usar a força além do que a lei permite – pois o Estado, constitucionalmente, tem o monopólio do uso da força – deve ser punido com dureza. Todavia, o mesmo vale para o manifestante que se autoconceder um direito que não tem, o de usar a força para intimidar a sociedade até que concorde consigo.
    Como exemplo, há hoje um grupo (pequeno) que diz que não vai permitir a realização da Copa no país e que para fazer valer sua vontade sai praticando atos violentos. Agora imaginemos se o grupo (bem maior, segundo as pesquisas) que quer a Copa decidir ir até a casa dos que não querem e ali depredar seus bens e até agredi-los…
    Não se pode permitir que se implante no país o direito da força, a premissa de que ganha quem for mais “eficiente” no seu uso. E se não dá para dialogar com os que querem fazer valer essa barbaridade, que a lei seja usada para fazê-los entender que a vida em sociedade exige que todos aceitem um conjunto mínimo de regras.